O recesso parlamentar termina só no dia 1º de fevereiro, mas uma polêmica já mexe com os nervos dos congressistas tocantinenses: quem vai substituir o deputado federal Carlos Gaguim (DEM) na coordenação da bancada. A vez é dos senadores, no sistema de rodízio implantado há alguns anos, mas é justamente aí que reside a indaga.
Sem consenso
Os três nomes — Eduardo Gomes (MDB), Kátia Abreu (PDT) e Irajá Abreu (PSD) — precisam chegar a um entendimento sobre que quem assumirá a função. Contudo, não existe nenhum consenso.
Rejeição a Kátia e Irajá
Conforme parlamentares, na última reunião do final do ano o tema foi discutido, mas nenhum senador estava presente. O que os participantes deixaram claro é que há uma clara maioria que não quer Kátia e Irajá na coordenação por divergências políticas e também porque eles não poderiam fazer a mediação com o Palácio Araguaia e o Palácio do Planalto, já que estão distanciados de ambos.
Sem quórum na Câmara
Para confirmar a indicação, são necessários o mínimo de dois dos três votos do Senado e cinco dos oito deputados federais. Kátia ou Irajá teriam, por óbvio, os dois no Senado, mas não conseguiriam os cinco na Câmara.
Aproximação elevada
Gomes, naturalmente, tem mais força por seu poder de articulação e o fato de ser líder do governo no Congresso. O que alguns parlamentares questionam é aproximação elevada dele com o governador Mauro Carlesse (DEM), já que o clima na bancada federal com o Palácio Araguaia não é nada bom. O receio maior é que, com Gomes, a coordenação force um direcionamento de recursos para governo estadual ao invés dos municípios.
Gaguim não quer ficar
Se não houver acordo entre os senadores tocantinenses, a coordenação poderá voltar para a Câmara por mais um ano. Como Gaguim já avisou os colegas que não quer permanecer na função, outro nome terá que surgir.
De bem com todos
Quem já demonstrou interesse pela coordenação foi o deputado Osires Damaso (PSC), que mantém ótimo relacionamento tanto com o Palácio Araguaia quanto com o Planalto.