A Câmara de Miracema rejeitou na noite dessa segunda-feira, 9, por 6 votos a 5, a representação protocolada na sexta-feira, 6, que pedia o afastamento do presidente Edilson Tavares (MDB), acusado por cinco dos onze parlamentares de negligência num suposto desvio de mais de R$ 330 mil Legislativo, em que o denunciado é o ex-tesoureiro Marcelo da Costa Gomes. No entanto, os autores do pedido — Irmão Didan (PSB), Cirilo Douglas (PRP), Pedro da Farmácia (PRB), Branquinho do Araras (PT) e Adilson do Correntinho (PV) — alegam que o presidente em exercício, Natan Fontes (MDB), votou duas vezes, o que seria vetado pelo Regimento Interno.
Votou como vereador e presidente
Primeiro secretário da Mesa, Natan assumiu a presidência porque Tavares não poderia, já que era o denunciado, e o vice, Adilson do Correntinho, é um dos denunciantes. Conforme os denunciantes, Natan votou duas vezes sob alegação de que tinha direito como vereador e presidente. Porém, a oposição ao grupo de Tavares defende que isso não é previsto pelo Regimento Interno.
Era para ser 5 a 4 pelo afastamento
Para os denunciantes, Natan só votaria em caso de empate. Assim, o resultado final seria 5 a 4 pelo afastamento de Tavares. Como ele decidiu votar, e duas vezes, o resultado final ficou 6 a 5 pelo arquivamento da representação.
Vão à Justiça
O grupo que fez a denúncia agora diz que vai à Justiça para questionar os dois votos do presidente em exercício.
Todos os trâmites seguidos
O presidente Edilson Tavares disse que está tranquilo sobre o resultado da sessão porque “todos os tramites foram seguidos, conforme o Regimento Interno e a Lei Orgânica do Município”. Ele disse que a sessão foi presidida por Natan porque o vice, Adilson do Correntinho, teria se negado a assumir o comando da sessão. “Ele alegou que perderia o direito de voto na presidência, que como denunciante não poderia votar”, afirmou Tavares.
Outro lado
A Coluna do CT tentou sem sucesso Natan.