O deputado federal Célio Moura (PT) apresentou nesta sexta-feira, 19, ao relator do inquérito das Fake News no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, a retenção do passaporte do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. O petista também quer que seja vedada a expedição de novo documento de viagem de forma a impedir que o investigado saía do País.
Cargo no Banco Mundial
A representação contra Abraham Weintraub foi motivada pelo anúncio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de indicá-lo para um cargo de diretor no Banco Mundial, a ser exercido na Capital do Estados Unidos (EUA), Washington. Além do inquérito das Fake News, o ex-ministro também é investigado pela prática do crime de racismo em processo também sob a guarda do Supremo.
Supostas ameaças
Weintraub afirmou nesta sexta-feira, 19, à CNN que deverá embarcar nos “próximos poucos dias” para Washington. Segundo o ex-ministro, a pressa se deve a supostas ameaças de morte que estaria sofrendo. “A prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes”, disse à emissora. “Agora é evitar que me prendam, cadeião e me matem.”
Resguardar a higidez da persecução criminal
Célio Moura defende a medida como forma de garantir a apuração dos crimes. “A saída do País do senhor Weintraub, que é duplamente investigado pelo Supremo, poderá dificultar o regular andamento das apurações penais, inviabilizar a instrução processual diante da provável oferta de denúncia pelo titular da ação, tudo de modo a frustrar a regular aplicação da Lei Penal, o que indica, com urgência, a necessidade da adoção de medidas cautelares, visando resguardar a higidez e certeza da persecução criminal”, defende.