Um bate-boca na Câmara de Miracema do Tocantins na terça-feira, 19, resultou na expulsão do vereador Cirilo Douglas Pereira (PRP) pelo presidente da Casa de Leis, Edilson Tavares (MDB). O emedebista utilizou do argumento de quebra de decoro para tirar o colega das dependências do legislativo.
Cadê os R$ 400 mil?
À Coluna do CT, Cirilo Douglas conta que a confusão começou após ter ido à Tribuna para cobrar respostas sobre o suposto desvio de recursos da Casa. “Cobrei explicações e disse que não estava entendendo porque a maioria da Câmara fica de braços cruzados quando somem R$ 400 mil”, disse o vereador.
Desvios
O caso citado por Cirilo Douglas é relacionado aos supostos desvios por meio do não pagamento de contribuições previdenciárias do funcionalismo de abril a julho deste ano e a realização despesas sem documento comprobatório. Um ex-tesoureiro já responde processo judicial. Já a Câmara tentou responsabilizar Edilson Tavares e afastá-lo, mas a iniciativa não prosperou.
Alterado
Feito o pronunciamento, Cirilo Douglas conta que alguns parlamentares saíram em defesa do presidente. Entretanto, o vereador do PRP não teve o pedido de parte cedido por Edilson Tavares, mesmo tendo sido citado. “Me alterei porque não estavam seguindo o Regimento Interno”, admite.
Palavra cassada
Após um bate-boca onde houve troca de acusações de “ladrão”, Edilson Tavares teria recorrido ao Regimento Interno para cassar a palavra de Cirilo Douglas por três sessões por quebra de decoro. O vereador afirma ter saído brevemente do Plenário e na volta descobriu que foi expulso daquela reunião pelo mesmo motivo.
Ofensas e tumulto
Já o presidente da Câmara de Miracema do Tocantins explicou que Cirilo Douglas cobrou da Mesa Diretora algo que não pode ter ser “exposto” porque o processo que trata dos desvios está “em segredo de Justiça”. “Determinação do juiz cumpra-se”, complementou. “Ele causou um tumulto na sessão, querendo resposta que não tem como dar, me ofendendo. Usei o Regimento Interno da Casa”, garantiu Edilson Tavares, confirmando o pedido para o vereador se retirasse do Plenário e a punição de três sessões sem direito a palavra.