A Câmara de Porto Nacional foi novamente alvo da Polícia Civil, que deflagrou nesta quinta-feira, 27, a Operação Poker Face, desdobramento da Catarse. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), sete mandados de prisão temporária foram cumpridos, sendo três deles contra vereadores. Uma preventiva ainda não foi cumprida pela corporação.
Os vereadores Adael Oliveira Guimarães (PSDB), Emivaldo Pires de Sousa (PTB) e Jean Carlos da Silva (PV) foram presos temporariamente pela Polícia Civil. Quem também teve prisão de cinco dias decretadas foi Geylson Neres (MDB), parlamentar licenciado que ocupa a Secretaria de Governo de Porto Nacional. Ex-legislador do município, Fernando Manduca é alvo de mandado de prisão preventiva, mas ainda não foi encontrado. Ainda foram presos um servidor e um ex-funcionário da Casa de Leis.
Operação
Segundo informações da SSP, o objetivo da operação é investigar um processo fraudulento de licitações na Câmara de Porto Nacional. A suspeita da Polícia Civil é que o esquema criminoso acontecia desde 2013, com um prejuízo para os cofres públicos que passam dos R$ 700 mil. A PC acredita que o esquema organizava licitações fraudulentas no órgão público em diversos setores, desde a organização de eventos públicos até aquisição de equipamentos de informática.
“Nós estabelecemos o ano de 2013 para começarmos as investigações porque as empresas comandadas pelo responsável pelo processo fraudulento foram instaladas naquele ano. Então por isso tomamos este marco como base”, afirmou o delegado responsável pela ação, Ricardo Real, acrescentando que com o andamento das averiguações, anos anteriores às investigações também poderão ser adicionados ao inquérito policial.
Poker Face
No dia 17 de dezembro, a Polícia Civil realizou uma etapa da Operação Catarse, batizada de “Negócio de Família”, uma vez que os envolvidos, um casal,demais familiares e amigo são suspeitos de montar empresas para concorrer em processo licitatório na sede do Poder Legislativo de Porto Nacional. Foram realizadas buscas na Câmara de Vereadores e nas empresas e escritórios dos suspeitos.
Acionada a Câmara de Porto Nacional disse que não vai se posicionar no momento. O CT está aberto para repercutir a manifestação da defesa dos envolvidos.