Uma declaração da deputada federal e pré-candidata a senadora Dorinha Seabra Rezende (União Brasil) ao site Gazeta do Cerrado, nesse domingo, 15, deve colocar mais dúvidas sobre a posição dela nesta corrida eleitoral e render muitas especulações para a semana toda. Nela, Dorinha não garantiu apoio à pré-candidatura a governador de Ronaldo Dimas (PL), ao contrário do que todo o grupo dele tem defendido, uma vez que a parlamentar é muito próxima do senador Eduardo Gomes (PL), principal aliado do ex-prefeito de Araguaína.
Dimas chama Dorinha de “nossa senadora”
Na festa de aniversário de Dimas e do senador Eduardo Gomes (MDB), em Brasília, no dia 27, o pré-candidato do PL parece que não tinha dúvida de que Dorinha estaria com ele: “A deputada Dorinha vai ser nossa senadora, se Deus quiser”, afirmou em seu discurso durante a festa.
Andando e conversando muito
À Gazeta do Cerrado, porém, a deputada saiu pela tangente. Disse que preside “o maior partido do Estado” e tem “andado muito e conversado muito” para saber “o que as pessoas pensam, como podemos trabalhar ainda mais pelo Estado”. ”Em convenção é que se decide com quem o partido vai […] Vamos construir juntos, mas o momento é de muito trabalho”, limitou-se a dizer a pré-candidata ao Senado.
Não é o momento
Dorinha ainda avaliou que “está muito cedo para as especulações, como se os grupos já estivessem consolidados”. “Não é esse o momento, na minha visão. Cada um constrói seu trabalho da forma que entende melhor e lógico que a democracia é essa: são processos de construção que devem ser respeitados”, tangenciou.
Pressão dos deputados palacianos
Na última semana foram diárias as especulações de que Dorinha estaria em conversa adiantada com o Palácio Araguaia. Sua pré-candidatura ao Senado conta com o apoio de grande parte dos deputados estaduais — fala-se em 19 —, todos aliados do governador Wanderlei, que rejeitam trabalhar pela reeleição da senadora Kátia Abreu (PP) e, assim, pressionam a deputada federal a fechar com o Palácio.
Longo silêncio
A Coluna do CT perguntou a Dorinha, pelo WhatsApp, na quinta-feira, 12, sobre a possibilidade de ela apoiar Wanderlei, mas a resposta foi um silêncio que dura até este domingo.
Tudo é possível
Como em política, o silêncio também fala, Dorinha com ele e com as declarações à Gazeta do Cerrado manda sinais para o Palácio Araguaia de que tudo é possível.