Diante da saída já consolidada do presidente Jair Bolsonaro, insatisfeito com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, a direção do partido no Tocantins afirmou em nota que “em nenhum momento existe hipótese de ser escolhido um rumo diverso ao do irrestrito apoio ao atual governo Bolsonaro/Mourão”. Na nota, a sigla faz um esforço descomunal para evitar se posicionar na briga entre Bolsonaro e Bivar.
Novo partido, ou PSL?
No entanto, em dado momento admite que precisa decidir se seguirá o presidente num novo partido — Bolsonaro está criando a Aliança pelo Brasil —, ou se o grupo permanece no PSL. “Unirmos esforços ao sólido crescimento que se desvenda diante dos olhos de todos, seja ombreando em um novo partido uníssono ou na conservação de um contingente neste mesmo, com firme apoio ao governo que a cada dia mais acresce ao Brasil”, diz a nota, de forma até enigmática.
Diversas reuniões
Segundo o PSL do Tocantins, são necessárias “diversas reuniões” para, “em conjunto, decidirmos qual o melhor caminho a ser seguido”.
Confira a íntegra da nota quase codificada da direção do PSL do Tocantins:
“NOTA DA COMISSÃO PROVISÓRIA DO PARTIDO SOCIAL LIBERAL NO TOCANTINS
Nos últimos dias, a movimentação ocorrida no seio do nosso partido em razão da desfiliação do Excelentíssimo Senhor Presidente da República e das notícias que o grupo que inicialmente o seguiu empreende os esforços para a criação de uma nova agremiação partidária é vista por esse segmento tocantinense como uma atividade normal na vida partidária.
Houve ajustes nos direcionamentos e agradecimento nos quadros, com a chegada de incontáveis valores da vida nacional, em busca de participação na luta pelo desenvolvimento e reorganização do nosso país para retomada dos rumos do desenvolvimento, da ordem e do progresso; todos buscavam confiança, seriedade e honestidade na condução dos destinos da nação, características que foram encontradas com a confirmação moral, técnica e persona nas pessoas que compuseram o governo eleito pela coligação capitaneada por este partido com a consagração da vitória do Sr. Jair Messias Bolsonaro na Presidência da República, secundando por coligação com o não menos honrado General Hamilton Mourão.
Nesta oportunidade, antes de um ano de administração, o ajuste de forças, de programas e de formatação partidária é uma situação normal na democracia que vem se consolidando a cada dia mais em nossa pátria.
Esta situação nos conduz a uma medida de serenidade, na certeza de que em nenhum momento existe hipótese de ser escolhido um rumo diverso ao do irrestrito apoio ao atual Governo Bolsonaro/ Mourão, entendemos que se faz necessário realizarmos diversas reuniões e em conjunto, decidirmos qual o melhor caminho a ser seguido. Unirmos esforços ao sólido crescimento que se desvenda diante dos olhos de todos, seja ombreando em um novo partido uníssono ou na conservação de um contingente neste mesmo, com firme apoio ao Governo que a cada dia mais acresce ao Brasil, visto que é sabido da necessidade de amplo apoio parlamentar para melhores efeitos governamentais, daí, podermos, se for o decidido, cooperar para um acréscimo nas bases, mantendo a fidelidade sob diversas bandeiras, naturalmente, desde que se adequem a probidade, lisura, transparência e fidelidade com os ideais de ‘BRASIL ACIMA DE TUDO E DEUS ACIMA DE TODOS'”.