A executiva regional do MDB decidiu nesta quarta-feira, 24, destituir o diretório de Tocantinópolis, presidido pelo advogado Eduardo Bandeira de Melo Queiroz. A decisão foi com base no requerimento protocolado pelo delegado à Convenção Estadual, Marcello Resende Queiroz Santos, e pela emedebista da cidade Adalgiza Maria Queiroz Santos. Agora será formada uma comissão provisória, a partir de um entendimento entre os deputados majoritários de Tocantinópolis — a federal Dulce Miranda e os estaduais Jair Farias e Valdemar Júnior.
Irregularidades
Marcello e Adalgiza apontaram irregularidades no processo de eleição do diretório do município. Entre elas, o descumprimento do prazo para publicar a convocação para a convenção municipal, que ainda teria sido realizada “de forma clandestina”. Além disso, o diretório é quase todo composto por familiares do agora ex-presidente: pais, tios e primos.
- Confira o requerimento de dissolução do MDB de Tocantinópolis
- Confira a declaração de consentimento com assinatura falsificada de Adalgiza Maria Queiroz Santos
- Confira a declaração de falsificação do documento de Adalgiza
Por 3 a 2
Eduardo Bandeira de Melo Queiroz disse que recebe “com naturalidade” a decisão da executiva regional, ainda que aponte como possível irregularidade o fato de apenas 5 dos 11 membros terem participado, quando ele afirmou que o estatuto do MDB prevê 50% mais 1, no caso, pelo menos 6. O ex-presidente ainda lembrou que a destituição foi aprovada com divisão entre os cinco membros da executiva estadual: por 3 a 2. Participaram o presidente, deputado estadual Nilton Franco, os também deputados estaduais Jair Farias e Elenil da Penha; Fernando Suarte; e coronel Patrícia Amaral.
É extemporâneo
Para ele, o requerimento que pediu a destituição é extemporâneo, porque foi feito após o prazo previsto pelo estatuto do MDB.
Mantém pré-candidatura
O ex-prefeito Eurivaldo Gomes, que é do grupo do partido que acaba de ser destituído, afirmou à Coluna do CT que mantém sua pré-candidatura e que vai aguardar a formação da comissão provisória para conversar sobre as eleições municipais.
Reviravolta racha oposição
O MDB de Tocantinópolis passa por uma reviravolta que rachou a oposição ao prefeito Paulo Gomes (PSD). Eurivaldo rompeu o acordo que havia feito em fevereiro com o outro nome do campo oposicionista Salomão Barros (SD). Com mediação dos deputados estaduais emedebistas Valdemar Júnior e Jair Farias, o acordo propunha que Eurivaldo e Salomão se filiariam ao partido e quem estivesse à frente próximo às convenções encabeçaria a chapa e o outro seria vice. “Queriam me dar uma rasteira”, disse, porém, Eurivaldo à Coluna do CT no início do mês.
Quer isolá-lo
Para ele, o grupo de Salomão queria isolá-lo, assim, o MDB achou por bem romper. Salomão, então, foi desconvidado pelo diretório do partido em Tocantinópolis e acabou se filiando ao Solidariedade, do deputado estadual Vilmar de Oliveira.
Dividir a oposição
Já o ex-emedebista e vereador Elson Ribeiro (PSC) acusa Eurivaldo de estar sob a influência do ex-deputado estadual José Bonifácio, pai do prefeito Paulinho Gomes (PSD), para dividir a oposição. Ribeiro afirmou que a virada de mesa fez com que ele deixasse o MDB. “Paulinho não se elege se a oposição estiver unida e, por isso, estão agindo para rachá-la”, avaliou o vereador, também no início do mês.