O Ministério Público do Tocantins (MPE) informou nesta terça-feira, 16, ter oferecido denúncia em desfavor de Rafael Lima Neto, por homicídio tentado contra Edivan Gomes e o filho dele, Deyvit Mikelby da Silva Gomes. O crime foi motivado por rixa política, no dia do segundo turno das eleições de 2022.
TENTATIVA DE ATROPELAMENTO
Conforme o apurado, as duas vítimas trafegavam por uma rodovia de Araguaína, em uma moto, com uma bandeira do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amarrada nas costas, quando Rafael, que dirigia uma caminhonete com adesivo de Jair Bolsonaro (PL), tentou atropelá-los.
PERSEGUIÇÃO
As vítimas chegaram a cair do veículo, mas se levantaram, fugiram e foram perseguidas sob disparos de arma de fogo. Edivan e Deyvit abandonaram a motocicleta e se esconderam em um matagal próximo à via.
COAÇÃO DE TESTEMUNHA
Rafael, a fim de esconder os vestígios das tentativas de homicídio, colocou a moto na carroceria de sua caminhonete, abandonando-a no dia seguinte em um local afastado. Recai ainda sobre o indiciado a acusação de coação de uma testemunha ocular, para que não gravasse as agressões ou ligasse para a polícia.
MOTIVO TORPE
Na denúncia, o promotor Daniel José de Oliveira Almeida requer que Rafael responda por tentativas de homicídios qualificado, praticado por motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, não tendo consumado por circunstâncias alheias à vontade do denunciado.