A Polícia Civil cumpriu nesta quarta-feira, 19, mandados de prisão preventiva contra três assessores do deputado estadual Valdemar Júnior (MDB), entre eles, o chefe de gabinete do parlamentar, Dional Vieira de Sena. A ação é mais uma fase da Operação Catarse, que já passou pela Câmara de Porto Nacional e Secretaria Geral de Governo. Segundo o delegado à frente do caso, Cassiano Ribeiro Oyama, é apurado a ocorrência de funcionários fantasmas.
De acordo com Cassiano Oyama, a investigação constatou que além destes funcionários estarem recebendo vencimentos sem nunca ter prestado serviço à Assembleia Legislativa, os mesmos ainda estariam devolvendo “a maioria” do dinheiro recebido para pessoas de “dentro do gabinete” do deputado. Apesar da alegação, o delegado fez questão de destacar que Valdemar Júnior ainda não é considera investigado. Nenhum mandado foi emitido contra o emedebista.
Oyama explica que as prisões preventivas ocorreram porque os investigados estavam “tumultuando o processo”. “De uma forma técnica, a liberdade deles pode causar prejuízo a aplicação da Lei Penal e não são convenientes para a instrução criminal”, disse em entrevista. Eles também tiveram os celulares apreendidos na operação da Polícia Civil.
Maiores detalhes não foram concedidos pelo delegado devido ao processo estar em fase embrionária e correr em segredo de Justiça. Entretanto, Cassiano Oyama admitiu que a operação pode vir a atingir outros gabinetes, citando que já há dois em observação. “É óbvio que haverão desdobramentos enormes dentro da Casa de Leis”, afirmou durante a coletiva desta tarde.
O CT buscou contato com a assessoria de Valdemar Júnior, mas as ligações não foram atendidas. O espaço está aberto para qualquer manifestação.