A pandemia do novo coronavírus, Covid-19, motivou os vereadores Jenilson Alves (PRTB), Ivanilson Marinho (SD) e André Caixeta (PSDB) a apresentar um ofício que solicita a transferência dos recursos do fundo – que teria R$ 3,8 milhões em caixa – para construção da nova sede da Câmara de Gurupi para o município com o objetivo de combater a doença. O presidente da Casa de Leis, Wendell Gomides, resiste a ideia e diz “não é o momento” para este tipo de debate porque a crise é de saúde, e não financeira.
R$ 3,8 milhões é o bastante para a sede
O Legislativo de Gurupi já abriu concorrência para a construção da nova sede, mas Jenilson Alves defende à Coluna do CT que a transferência dos recursos do fundo para o combate à pandemia não prejudicaria o projeto. O vereador ainda questiona o valor orçado da obra, que é de R$ 6,7 milhões. “Teremos economias com essa paralisação e podemos também definir o cronograma mais elástico. Pois para este ano temos previsão de mais de R$ 1,8 mi de economia, e com mais a de 2021, fecha essa conta que não foi da vontade dos vereadores, e sim do presidente Wendel Gomides. Acreditamos que com no máximo R$ 3,8 mi e os 200 mil em projetos, já seria suficiente para fazer uma sede decente e confortável ao povo”, argumenta.
A crise não é financeira, é do sistema de saúde
O presidente da Câmara de Gurupi, Wendel Gomides, minimizou a iniciativa dos parlamentares de oposição. “Eu não vejo esta necessidade de devolução para o Poder Executivo. Nós não estamos falando de crise financeira, mas do sistema de saúde. Já foi liberado [pelo governo federal] R$ 88,2 bilhões para estados e municípios e mais de R$ 55 bilhões do BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social]”, destaca o pedetista, que lista também a suspensão dos pagamentos das dívidas com a União entre as medidas já adotadas para ajudar os governos e prefeituras.
Ajuda não está descartada definitivamente
Apesar desta defesa, Wendel Gomides não descarta que esta ajuda da Câmara pode acontecer caso a pandemia afete de forma significativa a economia do município. “Se caso chegar esta crise financeira e a gente entender que é louvável fazer esta devolução, com certeza iremos fazer isto. Mas no momento, não concordo”, resumiu.