Aliados do governador Mauro Carlesse (DEM) atribuem a vitória da senadora Kátia Abreu (Progressistas) na disputa pela coordenação da bancada à articulação dos deputados federais Vicentinho Júnior (PL) e Dorinha Seabra Rezende (DEM). Vicentinho é o principal opositor a Carlesse na bancada e Dorinha, uma ex-aliada que foi se afastando do Palácio Araguaia desde a posse do governador. A crise entre a parlamentar e o chefe do Executivo estadual se aprofundou na disputa pelo comando do Democrata, iniciada antes mesmo da filiação do governador há cerca de um ano.
Faltou articular
No entanto, os mesmos aliados do Palácio Araguaia reclamam da falta de articulação do governador nessa disputa pela coordenação da bancada. Segundo alguns deles disseram à Coluna do CT, Carlesse não ligou para os deputados e senadores e praticamente ignorou essa disputa.
Gomes não gostou
Quem não gostou da postura do Palácio Araguaia foi o senador Eduardo Gomes (MDB), que estava no páreo e que, como líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso e aliado do governador, seria o melhor nome para Carlesse colocar na coordenação. Porém, sem a articulação do governo do Estado ficou sozinho na parada. Conforme interlocutores do senador, ele não está nem um pouco satisfeito com a atuação do governo tocantinense nesse episódio.
Desprestígio
No geral, congressistas reclamam de falta de tato do governo com a bancada do Tocantins. Segundo eles, é comum a inauguração de obras com recursos conquistados por eles sem nenhum representante do Congresso. Citam como exemplo as inaugurações de trechos de rodovias que estão ocorrendo nestas terça, 10, e quarta-feira, 11, no sudeste. “Como realizam essas inaugurações de terça a quinta, quando estamos trabalhando em Brasília?”, questionou um parlamentar para emendar. “Falta tato do governador para lidar com a bancada”.