A realização de festa com mais de mil pessoas em meio a uma doença que tem tirado tantas vidas é de uma incivilidade e de uma falta de respeito à comunidade inomináveis. Depois alguém corrigiu nas redes sociais dizendo que, na verdade, eram 300, como se isso amenizasse o absurdo cometido.
Nesse aspecto sou, sim, radical. Para mim, é prisão, multas elevadíssimas e ação criminal draconiana contra os organizadores. Essa gente ignorante ou gananciosa não tem o mínimo respeito à vida, às leis ou ao que quer que seja.
Falamos do mal que causa o presidente da República, um ser asqueroso, que, por não ter envergadura para o cargo, não sabe como dá mal exemplo ao incentivar aglomerações, o não uso da máscara e ao colocar em dúvida a eficácia da vacina (para ele, um parvo, o que tem eficácia é a tal da cloroquina). Tudo isso é verdade e espero em Deus ainda ver esse genocida sentado, com seu ministro da Saúde, num banco de réus por crime de lesa-humanidade.
De toda forma, é preciso reconhecer que se tivéssemos um povo educado esse beócio que está presidente da República não teria como levar as pessoas às ruas para se matarem e matarem os outros (pais e avós, sobretudo). Sempre tenho dito que esta pandemia nos revelou, tirou de nossos subterrâneos toda ignorância que conseguíamos esconder em casas lindas, carros maravilhosos e alta tecnologia. Tudo o que dava aparência de uma civilidade que o Brasil agora mostrou não ter.
Neste período deixamos evidente ao mundo nosso enraigamento à mentalidade medieval, ainda que muitos de nós morem mesmo em excelentes casas, dirijam carros do primeiro mundo e manuseiem os mais avançados apetrechos tecnológicos.
Negamos a ciência para seguir o que diz um político ignorante, de traços claros de psicopatia. Não é por acaso que esse genocida continua tendo forte apoio das classes média e alta. Ele reflete seu analfabetismo político, sua insensibilidade social, marcada por abismais desigualdades entre os brasileiros, e sua apatia com o sofrimento alheio.
Para a indiferença desse grupo de privilegiados num país de desprivilegiados, não há qualquer incômodo na consciência em ir a uma festa absurda e depois levar a morte para seus pais e avós. Talvez até pensem que isso será bom: a herança virá mais cedo para as suas mãos.
No entanto, os interesses coletivos precisam ser prioridade para quem tem o dever de administrar a coisa pública. Essa gente irresponsável, insensível e covarde tem de arcar duramente as consequências de seus atos. Infelizmente somos o país do “jeitinho”, da legislação flácida, cheia de brechas e totalmente conivente com criminosos e infratores.
Mas a necessidade de mudar se impõe, de dar o avanço civilizatório que o século 21 nos exige, de elaborar leis mais rigorosas e punir sem dó quem não respeita seu próximo e sua comunidade.
Ou é isso, ou tenho que concluir que nosso povo está muito bem representado por este presidente asqueroso, genocida e irresponsável.
Tomara que isso não seja verdade.
CT, Palmas, 15 de fevereiro de 2021.