Um mês e dez dias depois de o governo estadual anunciar menor índice de ocupação da história do Hospital Geral de Palmas (HGP) – 84% da capacidade total -, o promotor Thiago Ribeiro Franco Vilela constatou em vistoria realizada na na manhã desta terça-feira, 1º, pacientes em macas espalhadas pelo corredor central, falhas na escala, falta de medicamentos e profissionais. O Ministério Público (MPE) informou que vai solicitar da Secretaria da Saúde (Sesau) informações sobre as providências imediatas para a regularização dos problemas.
Queixas
Conforme o Ministério Público do Tocantins (MPE), a principal queixa dos pacientes e de parte dos profissionais que atuam no HGP é com relação à falta de insumos, medicamentos e materiais para a realização de procedimentos médicos de rotina. O promotor constatou que na Unidade de Tomada de Decisões (UTDI) havia apenas um enfermeiro para atender 30 pacientes. “Nos foi relatado que há falta de macas e cadeira de rodas para atender à demanda”, comentou Thiago Ribeiro.
Atendimento fora da proporção
O MPE aponta ainda que na “sala vermelha” – local onde são atendidos os pacientes em estado grave – havia 18 pessoas internadas e apenas um médico atendendo. A recomendação é que a proporção seja de 1 médico para cada 5 pacientes. Ainda foi relatado ao promotor que não estão sendo realizadas hemodiálises em função da falta de cateter, instrumento indispensável para o procedimento; além da falta de ao menos 20 medicamentos nas farmácias.