O Diário Oficial de segunda-feira, 29, trouxe a criação de uma força-tarefa no âmbito da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) para apurar fatos ilícitos na esfera do Poder Executivo. Não por acaso, a medida acontece em meio ao afastamento do governador Mauro Carlesse (PSL) após ser alvo de duas operações da Polícia Federal: Éris e Hygea. A Portaria Conjunta da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Delegacia-Geral (DGPC) citam diretamente que a medida leva em consideração estas últimas movimentações da PF.
Pente fino do governo interino
Já é a segunda medida de investigação adotada pelo governador interino Wanderlei Barbosa (sem partido). Na segunda-feira, 22, o Estado já havia determinado que Controladoria (CGE), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e SSP realizassem uma inspeção em todos os órgãos do Poder Executivo. Segundo a mais nova Portaria, “diversos fatos possivelmente ilícitos no âmbito da administração pública” teriam sido noticiados após o ínicio desta auditoria.
Composição e tempo de trabalho
A força-tarefa será coordenada pelo diretor da Dracco, Afonso José Azevedo de Lyra Filho, tendo ainda como membros, os delegados Adriano de Aguiar Carvalho, Aldo Pagliani Schwanck, Bruno Monteiro Baeza, Cassiano Ribeiro Oyama, Guilherme Rocha Martins, Gregory Almeida Alves do Monte e Luciano Barbosa de Sousa Cruz. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 120 dias, que pode ser prorrogado, conforme necessidade.
Vicentinho Júnior comemora
Um dos principais desafetos de Mauro Carlesse, o deputado federal Vicentinho Júnior (PL) comemorou a nova iniciativa do governo interino e parabenizou o secretário de Segurança Pública, Wlademir Costa. “O Tocantins começa a ser passado a limpo. Quando vejo nomes como dos delegados Cassiano Oyama, Guilherme Rocha,Gregory Almeida me fazem ter esperança”, escreveu. Conforme a Veja, o parlamentar foi alvo de uma investigação ilegal por parte da suposta organização criminosa investigada na Operação Éris.