Em resposta a uma requisição de informações feita pela promotora Araína Cesárea D’Alessandro, a Secretaria da Saúde do Tocantins (Sesau) disse que se considera preparada para prestar atendimento adequado à população no tratamento contra a Covid-19. Conforme a pasta, o Estado está na rota de diferentes fábricas da empresa contratada para fornecer o oxigênio, o que facilita a logística de distribuição e reforça a segurança na garantia do abastecimento.
Estado não consumiu 50% do oxigênio contratado
A Sesau esclareceu que o quantitativo de oxigênio consumido não chegou a atingir 50% do total contratado. Além disto, a pasta comenta que o contrato com a empresa tem duração até julho deste ano e conta com possibilidade de renovação por mais 24 meses. Segundo os termos do contrato, o abastecimento de oxigênio deve garantir o funcionamento ininterrupto dos serviços, sendo que, em situações emergenciais, o reabastecimento deve ser realizado em até seis horas a partir do registro do chamado.
Reposição antes de um cenário crítico
Na resposta ao MPE,a Sesau relata que 14 hospitais sob a gestão estadual possuem tanques criogênicos de armazenamento, com volume de oxigênio monitorado via satélite, havendo medições de hora em hora, por meio de sistema de telemetria efetuado pela empresa. Esta metodologia, segundo a pasta, permite que o abastecimento seja providenciado antes que se atinja a quantidade crítica, podendo o reabastecimento ser realizado por fábricas localizadas em Fortaleza (CE), Recife (PE), Belém (PA), Salvador (BA) e Betim (MG).
Cilindros portáteis onde não houver tanques criogênicos
Outros quatro hospitais não possuem tanque criogênico e utilizam cilindros portáteis, sendo eles os hospitais regionais de Araguaçu, Alvorada, Arapoema e Xambioá. Para estas unidades, a Sesau informou que, no início da pandemia, solicitou-se à empresa contratada que disponibilizasse um total de 25 cilindros de 10 metros cúbicos em cada uma das unidades, e que, mais recentemente, demandou o reforço de mais 12 cilindros de oxigênio nesses hospitais. Para os quatro hospitais que atuam com cilindros portáteis, os entrepostos de abastecimento de referência se localizam em Palmas, Goiânia (GO) e Imperatriz (MA).
MPE pede mais informações
A 27ª Promotoria de Justiça da Capital requisitou nesta segunda-feira, 22, novas informações à Sesau, desta vez referentes ao Hospital Estadual de Combate a Covid-19 e aos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) contratados juntos à rede privada, no que diz respeito ao estoque de oxigênio hospitalar, ao aumento do consumo, ao tempo de reposição do insumo e à possível elaboração de um plano de contingência. As mesmas informações foram requisitadas à Secretaria de Saúde de Palmas, sendo referentes aos leitos clínicos da rede municipal e aos leitos de UTI contratados junto à rede privada. (Com informações da Ascom/MPE)