A Agência de Trânsito e Transportes de Gurupi (AMTT) informou ter sido notificada nesta terça-feira, 4, pela concessionária do transporte público, que pede a rescisão amigável do contrato pelo baixo número de passageiros registrado no município, o que inviabiliza a continuidade do serviço.
NÚMEROS
Segundo o documento, a demanda real de passageiros ficou bem abaixo do previsto. A expectativa inicial era de 64.050 passageiros por mês. No entanto, nos primeiros meses de operação gratuita, a média foi de 10 mil passageiros mensais, ou cerca de 15,6% do esperado. Após o início da cobrança tarifária, a demanda caiu ainda mais, para cerca de 6 mil usuários por mês (9,37% do projetado). Ainda há o agravante que cerca de 40% dos clientes tinham acesso à gratuidade.
NOVO PROCESSO LICITATÓRIO A CAMINHO
Para evitar a descontinuidade do serviço, a AMTT informou que solicitará à empresa que mantenha o transporte em funcionamento por mais 45 dias, período necessário para que a prefeitura possa regulamentar um novo processo licitatório. Além disso, o município estuda alternativas para garantir um sistema de transporte coletivo viável para a população, levando em consideração a demanda real e a necessidade de ajustes no modelo de operação.
HISTÓRICO
O Paço publicou o edital da licitação dos serviços no final de maio de 2023, prevendo dez anos de concessão, podendo ser renovado a cada cinco anos, em um período máximo de 35 anos. Após a concorrência, a primeira colocada do certame desistiu e o município convocou a segunda. O contrato com a Izabely Transportes foi assinado em 25 de novembro daquele ano, mas um novo contratempo surgiu com a prisão de representantes da empresa no dia seguinte. A ordem de serviço foi suspensa temporariamente, mas o Paço resolveu manter a contratação. O sistema estava previsto para iniciar a operação em 20 de fevereiro de 2024, mas atraso na entrega dos veículos postergou o início da circulação para 11 de março. Menos de um ano depois, a concessionária solicita a rescisão do contrato.