Sócio e responsável técnico da Irradiar – clínica de radioterapia que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Palmas -, o médico Ismar de Rezende Júnior aproveitou a debate entre governo estadual e o Hospital do Amor (HA) sobre quem deveria receber um acelerador linear da União para sugerir uma terceira opção, a utilização deste recurso para fortalecer áreas mais carentes da rede de asssistência estadual.
Não há filas
Em conversa com a Coluna do CT, Ismar de Rezende esclarece que o duas empresas atuando na área oncológico no Tocantins com atendimento pelo SUS: a Irradiar, em Palmas; e a Oncoradium, em Araguaína. O médico afirma que a atual estrutura já atende a demanda tocantinense. “Não há filas para atendimento e a qualidade do serviço e a tecnologia do acelerador é diferenciada. Poucos serviços oferecem o que é oferecido aqui já. Nem tudo que reluz é ouro, e o senhor Henrique [Prata] insiste em não reconhecer o alto nível de excelência que temos”, rebate.
Recurso poderia ser investido em um Hospital Infantil
Apesar da ofensiva de Henrique Prata pelo acelerador linear, Ismar de Rezende lembra que o Hospital do Amor não estaria elegível para receber o equipamento por sequer está em funcionamento, logo, não poderia estar habilitada. Com este cenário e por entender que o Tocantins já atende a demanda oncológica, o médico sugere investimento em outras frentes. “Em uma possível avaliação do Ministério da Saúde, acredito que uma nova radioterapia não seria necessário. Acho que este valor [do acelerador linear] pode ser investido em saúde aqui mesmo. Precisamos de um hospital infantil melhor, um de trauma ou equipar melhor um centro cirúrgico”, sugere.