A Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest) fez parte da comitiva tocantinense que teve agenda na terça-feira, 18, com os ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias (PT); do Desenvolvimento Agrário, Paulo Texeira (PT); e da Integração, Waldez Góez (PDT). Na ocasião, a entidade apresentou o polo de agricultura irrigada da região e propôs a elaboração de um plano de desenvolvimento sustentável.
ESTRUTURAÇÃO DE POLÍTICAS QUE PROMOVAM PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
A Aproest apresentou as diretrizes para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável, com foco na agricultura irrigada. O objetivo é estabelecer políticas estruturadas que promovam a produção sustentável, estimulem práticas inovadoras e facilitem o acesso ao crédito para investimentos e custeio. O plano também busca integrar produtores de pequeno, médio e grande porte na região do Polo, fortalecendo a competitividade do setor e garantindo a preservação ambiental.
SISTEMA ECONÔMICO
O presidente da Aproest, Wagno Milhomem, elencou o potencial do projeto. “O polo já conta com 150 mil hectares irrigados por sub-irrigação, um sistema mais econômico que o pivô central, com potencial de expansão para 500 mil hectares”, pontuou. O representante também destacou a parceria entre a Aproest e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que resultou em 14 obras em andamento na região. “Os projetos executivos de engenharia e o licenciamento ambiental das obras foram financiados pelos próprios produtores, enquanto o governo federal aportou os recursos para a execução. As primeiras três barragens elevatórias estão prontas para inauguração”, complementa.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E CUSTEIO
Entre os desafios para a integração dos pequenos e médios produtores ao polo, Wagno Milhomem apontou a necessidade de acesso à assistência técnica e ao crédito para investimentos e custeio, especialmente para a agricultura familiar nos 27 assentamentos da região. O presidente destacou a capacidade industrial existente em Lagoa da Confusão para processar a produção de 2 mil hectares de açaí, dos quais apenas 130 hectares estão efetivamente cultivados. “Precisamos incentivar a ampliação desse cultivo dentro da agricultura familiar”, afirmou.