Estimados leitores e leitoras! Tudo bem com vocês? Já estão providenciando os preparativos para o carnaval? Muitos de vocês vão fazer retiros espirituais, muitos vão aproveitar para viajar, outros vão pescar e muitos outros vão cair na folia. Bom demais, né? Temos que respeitar as diferenças e a vontade de cada um. O importante é passar o carnaval em paz e em segurança.
Os paradigmas da administração pública têm evoluído ao longo dos tempos, indo da Administração Patrimonial, passando pela Administração burocrática e pela Nova Gestão Pública chegando ao novo paradigma denominado Governança Pública. Ao longo da evolução dos referidos paradigmas, vários conceitos, modelos, sistemas e ferramentas de administração pública foram criados, transformados, consolidados e até mesmo abandonados. E o que mudou na realidade? Nada.
[bs-quote quote=”Está na hora da administração pública se reinventar e isto só será possível se os gestores e os políticos mudarem seus pensamentos e acreditarem que podem fazer algo diferente” style=”default” align=”right” author_name=”TADEU ZERBINI” author_job=”É economista e consultor” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/TadeuZerbini60.jpg”][/bs-quote]
Nossa Constituição é de 1988 e foi elaborada em um momento de transição política, quando a sede por liberdade política e por controle do governo estavam presentes, se sobrepondo à razão e às condições econômicas do país. Tanto isto é verdade que no seu art. 37 consta que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. É piada, né? O que temos visto nos veículos de comunicação é exatamente ao contrário.
Os governos continuam a fazer as mesmas coisas que faziam no passado. Os burocratas não conseguem avançar na melhoria da prestação dos serviços públicos e com a mesma desculpa de sempre: falta dinheiro. Mesmo sendo um dos países com maior carga tributária do mundo, os governos vivem endividados. Uma hora colocam a culpa nos servidores públicos, outra hora colocam a culpa na previdência e nunca, nunca mesmo, colocam a culpa na má gestão pública.
Os ministérios públicos e as defensorias públicas do país inteiro estão tomando os lugares dos gestores públicos e olhem que não precisaram passar pelo crivo das urnas. Mandam fazer isto e aquilo como se fosse algo simples de fazer. Tem promotor público mandando e desmandando em municípios. Tem delegados de polícia que se intitulam os paladinos da gestão pública. Fazem operações policiais cinematográficas pelo país afora.
A Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal exigem que os governos gastem 25% do seus orçamentos em educação e 12% em saúde. Será que em determinado período não seria necessário gastar 25% em saúde e 12% em educação? Será que em certos períodos não seria necessário gastar mais com segurança pública do que com educação e saúde. As demandas não são fixas e devem ser atendidas com criatividade para que o povo seja beneficiado.
Nossos sistemas de saúde, educação e segurança estão falidos. Os resultados alcançados até agora são vergonhosos e isto, por si só, comprova que os valores exigidos por Leis para serem investidos em determinados setores, devem ser revistos imediatamente e de forma inteligente. Será que os gastos com educação superior são prioridades sobre os gastos com a educação fundamental. Para os tecnocratas e políticos brasileiros, sim. Isto é inteligente?
Então por que não muda?
Pelo comodismo, pelo medo dos sindicatos, pelo medo das redes sociais e pelo medo de pagar um custo político que é totalmente indesejável. O comodismo e o medo geram desemprego, fome e miséria e não conseguem proporcionar a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.
Está na hora da administração pública se reinventar e isto só será possível se os gestores e os políticos mudarem seus pensamentos e acreditarem que podem fazer algo diferente. O prefeito de Colatina, no Espírito Santo, Sergio Meneguelli, faz o maior sucesso nas redes sociais, com coisas simples e com prioridades para a maioria do povo. Já esteve, à convite, na Universidade de Harvard para fazer palestra sobra sua gestão. Ele faz uma gestão disruptiva.
E o que significa disruptivo?
Segundo o dicionário é o que provoca ou pode causar disrupção; que acaba por interromper o seguimento normal de um processo. Que tem capacidade para romper ou alterar; que rompe.
Este termo já é usado a muito tempo no Brasil nas áreas de tecnologia e inovação. Por que não usar na gestão pública? Por que não se quebra os paradigmas? Com certeza porque muitos empregos públicos seriam sepultados, muitos cargos extintos e muitos políticos ficariam desempregados.
Os problemas do brasil existem por causa dos pensamentos retrógados, arcaicos, covardes e inconsequentes dos nossos políticos e governantes para não perderem seus “status quo”.
A eleição do Presidente Bolsonaro foi uma caso típico de disrupção.
Será que a disrupção vai acontecer nos Estados, Municípios. Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais, Congresso Nacional, Poder Judiciário e na União? Claro que não.
O Brasil é o país do futuro.
Futuro que não chega nunca.
Só na avenida paulista.
Rsrs.