Sabe aqueles dias em que Deus nos presenteia? Que nos dá o privilégio de estar rodeados de crianças? Assim foi o meu domingo! Meninos por todos os lados! E a noite um convite…
Vovó, vamos assistir DivertidaMente? Na cama tinha uns cinco e os outros espalhados pelo chão. Mas eu nem imaginava que o filme não era só para eles, mas especialmente para mim.
[bs-quote quote=”Já imaginou se aprendêssemos, desde pequenos, a olhar para dentro de nós e a identificarmos os pensamentos prejudiciais e as crenças limitantes?” style=”default” align=”right” author_name=”NILMAR RUIZ” author_job=”É escritora e palestrante” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2019/10/NilmarRuiz-180.jpg”][/bs-quote]
Tudo que eu há anos venho estudando sobre o poder do pensamento e das emoções nas escolhas das ações que efetivamos e consequentemente nos resultado obtidos; o estado de animo determinando o bem estar e o campo energético; a esperança e o sonho como mola propulsora e a alegria como a porta da felicidade, estavam ali expressados em um desenho animado compreensível para qualquer criança.
Eu sempre considerei Walt Disney um ser iluminado. Além de sua história ser exemplo de persistência e superação, a genialidade, a beleza e a sensibilidade estão presentes em suas obras. Mais uma vez fiquei encantada e, agora, com um tema tão especial para mim e tão importante nesse momento, em que os altos índices de ansiedade e depressão estão alarmantes.
E lá estava uma menina feliz na sua família e na sua cidade. E o laboratório da mente com seus pensamentos, emoções e estados sendo administrados e comandados pela alegria. Mas as outras emoções estavam lá: o medo, a raiva, a tristeza…Os estados eram representados por vários símbolos : vida em família, a desonestidade, a diversão, o robe…e estavam intimamente relacionados aos pensamentos que desencadeavam emoções que modificavam e eliminavam os estados de ânimo. As energias positivas e negativas eram empilhadas, de acordo com os pensamentos e emoções. Tudo super bem ilustrado é compreensível!!!Show!!! Muito show!!!
Então a família muda para uma outra cidade e a menina tem dificuldade em deixar os amigos, o time de hóquei e aceitar os contratempos que a mudança acarretava. Os estímulos que desencadeavam alegria, que remetiam aos estados de ânimo favoráveis, não eram mais ativados e a tristeza, o medo e a raiva encontravam terreno fértil.
E aí? O que você acha que aconteceu? Que eles viraram os vilões da história? Nada disso!!! Todos, cooperativamente, trabalhavam para que a alegria obtivesse sucesso e que a menina ficasse feliz. Muito lindo!! Acredito que é realmente assim que as coisas funcionam. O bem tem muita força. Entendo que o nosso corpo e o universo reagem e conspiram a nosso favor. Juntam forças para que tenhamos sucesso e para que estejamos felizes. Porém, para usufruirmos dessa força é necessário vibrar no mesmo padrão.
O trem da vida ia passando e a alegria se esforçando ao máximo para estar dentro dele. E todas as emoções unindo-se para ajudar. Mas de repente a menina deixa de usar a imaginação, de sonhar, a esperança vai embora, a tristeza passa a dominar e o desânimo ataca. É assim que a depressão se instala.
Mas a imaginação e a alegria, não se dão por vencidas. Percorrem todos os caminhos. Juntam todas as forças, utilizam todas as energias e entram novamente no trem da vida. A menina reage, muda o estado de ânimo e volta a estar feliz.
Termina o filme, quando o botão da adolescência aparece e uma nova fase se inicia.
Com certeza outras histórias poderão ser contadas. Outros momentos retratados, nesse novo momento da vida. Mas o laboratório da mente continuará trabalhando da mesma forma. A alegria e as demais emoções trabalhando para que os pensamentos prejudiciais não destruam os estados de ânimos que mantêm a felicidade.
Fiquei pensando… Já imaginou se aprendêssemos, desde pequenos, a olhar para dentro de nós e a identificarmos os pensamentos prejudiciais e as crenças limitantes? A perceber as nossas emoções e os estados de ânimo? A desenvolver inteligência emocional e decidir o que mudar para viver melhor? Com certeza as pessoas não estariam tão doentes e a depressão não seria o mal do século.
Olhei para os meninos e agradeci a Deus por aqueles momentos de carinho, aprendizado e reflexão. Olhei para o céu e pedi à Deus que a alegria, a paz e o amor pudessem vencer sempre os nossos desafios pessoais e os embates da vida.
NILMAR GAVINO RUIZ
É professora, ex-secretária da educação, ex-prefeita de Palmas e ex-deputada federal. É co-autora da ARH – Auto Reprogramação Humana – e palestrante.
nilruiz@uol.com.br