Sem concorrência, a Petrobras foi soberana no maior leilão de petróleo e gás da história, realizado na manhã desta quarta-feira, 6, no Rio de Janeiro. A rodada era referente ao excedente da cessão onerosa do pré-sal, e o governo previa arrecadar até R$ 106,5 bilhões com bônus de assinatura, mas o valor ficou em R$ 69,96 bilhões, já que dois campos não receberam ofertas.
Deve ser menor
Com isso, cai por terra a previsão do governo do Tocantins de que o repasse de parte desses recursos ao Estado chegaria a R$ 286 milhões.
Maior montante
Ainda assim, esse é o maior montante já arrecadado em um leilão com pagamento por direitos de exploração de petróleo. As cessões do pré-sal são feitas em um modelo de bônus de assinatura fixo, e o vencedor é escolhido de acordo com o percentual de petróleo oferecido ao governo durante a vigência de contrato. Aquele que ceder a maior fatia ganha.
Valor mínimo
O bloco mais cobiçado, o de Búzios, teve apenas um lance, de R$ 68,194 bilhões, feito por um consórcio formado pela Petrobras (90%) e pelas semiestatais chinesas CNODC e CNOOC (5% cada uma). A oferta é de ágio zero sobre os 23,14% estabelecidos como valor mínimo no edital.
Sozinha
A Petrobras ainda faturou sozinha o bloco de Itapu, com ágio zero (mínimo de 18,15%) e bônus de assinatura de R$ 1,766 bilhão. Já os campos de Sépia e Atapu não receberam ofertas. Os dois últimos blocos já receberam investimentos da Petrobras, e eventuais compradores teriam de pagar uma compensação para a estatal. Como o valor não foi definido, isso acabou espantando as ofertas.
Apenas 3
Ao todo, 14 empresas estavam habilitadas a participar do megaleilão, mas apenas três (Petrobras, CNOOC e CNODC) fizeram ofertas. (Com informações da Agência Ansa)