Ao usar a tribuna na sessão vespertina de terça-feira, 3, na Assembleia Legislativa, o deputado Paulo Mourão (PT), avaliou que a cassação de mais um governador em um momento traumático da vida política do Estado representa um desajuste de ordem econômica, orçamentária e financeira, além de uma situação de instabilidade jurídico-constitucional. “Em nove anos estamos com seis governadores. Eu pergunto, qual empresário de bom senso hoje iria investir no estado do Tocantins?”, questionou.
O parlamentar continua o discurso considerando os prejuízos que a população sofre em função dos equívocos dos governantes, como o desemprego, a falta de assistência à saúde. “Os servidores sem a garantia que receberão seus salários”, pontuou. “Muitos servidores chegando ao momento da sua aposentadoria, em um Estado criado há 29 anos que já tem uma dívida consolidada líquida de R$ 30 bilhões no Instituto de Previdência do Estado. É algo muito desconfortável e preocupante”, lamentou. “Poderíamos estar falando de projetos de desenvolvimento, de geração de emprego e renda”, considerou.
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Pacificar a política
Paulo Mourão entende que o Tocantins que precisa dar paz ao seu povo. “Precisamos pacificar a forma de fazer política, temos que abandonar esse modelo populista, este estado não suporta mais um governo que não tenha a compreensão e o compromisso e o trabalho de efetivas realizações, de estar ao lado do povo, de se comprometer com o povo, promover desenvolvimento, gerar emprego e garantir aos jovens que estão se formando a cada ano oferta de emprego com qualidade de vida, a ele e seus familiares, foi com esse sonho estruturado que este estado nasceu”, ressaltou.
“Precisamos reunir homens de bom senso e fazermos compromisso de reconstrução do Tocantins, precisamos multiplicar os bons exemplos, precisamos ser enérgicos em combater corrupção, desmando e falta de compromisso com a sociedade tocantinense. Não podemos mais suportar que pessoas que recebem a titularidade de representar o povo tocantinense, quando se empoderam esquecem que a sociedade é que é o nosso patrão, são as pessoas que pagam impostos, os empresários, os trabalhadores, comerciantes para quem temos a responsabilidade de dar a resposta, é assim que devemos seguir no processo de reconstrução e esperanças do nosso povo”, sustentou.
Pacto
Paulo Mourão recomenda o reenquadramento do Estado dentro de um processo de reconstrução, mas observa que o sob o comando de um governo provisório, há a necessidade de se entender a dinâmica dos outros poderes: Tribunal de Contas (TCE), Ministério Público (MPE) e de Contas (MPC) e a própria Justiça. “Precisamos ter um pacto de que neste Estado a lei será respeitada”, afirma.
“Convênios não é legítimo fazê-los porque terão a concepção eleitoreira, politiqueira, populista, gasto de recursos que não estejam no planejamento orçamentário do Estado, uma coisa preocupante o governo que saiu mandou de orçamento suplementar mais de R$ 250 milhões para votação pela Casa”, ressaltou.
O parlamentar encerra sua fala pedindo ao TCE, MPE e MPC que façam o acompanhamento de cada ato que possa comprometer orçamento e despesa financeira do governo para ver se estão abrigados sob o ordenamento e o arcabouço legal jurídico do Estado. Inclusive afirmou que fará uma solicitação via ofício nesse sentido, em função do processo eleitoral. (Com informações da Ascom)