Os dez dos onze vereadores de Augustinópolis afastados pela Justiça por causa de um esquema de corrupção que movimentaria R$ 40 mil podem voltar à Câmara. É que os 180 dias de afastamento determinados pelo Judiciário venceram no dia 24 de julho. Como o recesso está terminando, os parlamentares estariam livres para reassumir os mandatos no lugar dos suplentes na semana que vem. Eles foram alvo da Operação Perfídia, da Polícia Civil, em janeiro.
Mais 180 dias
Para tentar impedir que isso ocorra, o Ministério Público Estadual já pediu um novo afastamento dos dez por mais 180 dias, sob o argumento de que “o crime de corrupção contra a administração pública que está sendo apurando é incompatível com o exercício concomitante do cargo público”. O órgão argumenta que, no exercício do mandato, esses vereadores terão meios para “tumultuar a ordem da câmara municipal e a administração do município”.
Cassa, suspende
Eles chegaram a ser cassados pelo Legislativo, mas a decisão foi suspensa pela Justiça. O prefeito Júlio da Silva Oliveira (PRB), suspeito de ter pago o “mensalinho” aos dez vereadores, também chegou a ser cassado pela Câmara, e novamente a Justiça suspendeu a decisão, dizendo que o Legislativo não respeitou o rito do julgamento.
Com tornozeleira
Entre os dez vereadores afastados há quem até está usando tornozeleira eletrônica, que tem ordem judicial para não se aproximar a menos de 200 metros do presidente da Câmara, Cícero Moutinho (PR), e ainda quem estaria ameaçado de morte algumas testemunhas.