A Assembleia Legislativa repercutiu pouco na sessão desta quinta-feira, 7 a decisão do Palácio Araguaia de remanejar boa parte do efetivo de delegados de Polícia Civil. Destaque apenas para os deputados Júnior Geo (Pros), Elenil da Penha (MDB) e Delegado Rerisson Macedo (DC). Este último surpreendeu justamente por evitar falar da remoção feita pelo governo estadual, apesar de ser o representante direto da categoria.
Ninguém é bobo
Júnior Geo foi o responsável por apresentar requerimento em regime de urgência que cobra informações sobre as razões que levaram o governador Mauro Carlesse (DEM) a fazer o remanejamento. “O Estado está promovendo uma série de mudanças com os delegados e para não dizer que é perseguição à categoria, tenta também promover alteração dentro dos comandos da Polícia Militar e do Corpo dos Bombeiros. Mas aqui ninguém é bobo. Todo mundo sabe o que está sendo feito”, disse o parlamentar.
Declaração de medo
Já na Tribuna, Júnior Geo foi um pouco mais duro com o Palácio Araguaia e disse que o objetivos dos atos é prejudicar o trabalho da Polícia Civil. “Esta repressão que se faz à categoria, para mim, é uma declaração de medo. Todos nós sabemos que o interesse do Estado é atrapalhar as investigações que são promovidas pelos mais diversos delegados”, disse o deputado, que pediu ainda para que o governador “não subestime a inteligência da população tocantinense”.
Direito constitucional ao silêncio
Representante da categoria na Assembleia Legislativa, Rerisson Macedo fez um discurso enigmático e evitou falar sobre as remoções. “Não consegui ainda assimilar certas ações e não quero tecer certas considerações e prejulgar ações que foram realizadas durante a calada da noite, na madrugada. Como aqueles que sentem-se reféns das situações, eu gostaria de usar meu direito constitucional ao silêncio e usar o prazo que a lei permite para fazer uma reflexão melhor sobre tudo o que está acontecendo. Aí sim poderei fazer considerações mais relevantes e significativas”, disse da Tribuna.
Refém da suplência
O sentimento de “refém” de Rerisson Macedo deve ser pelo fato de ser suplente. O democrata cristão só ocupa uma cadeira na Assembleia Legislativa porque o governo estadual convocou o titular da vaga, Ivory de Lira (PPL), para ser secretário extraordinário de Assuntos Parlamentares
Carece de reflexão
Elenil da Penha completou os comentários sobre o assunto. O emedebista fez um apelo ao Palácio Araguaia, pedindo para que não desperdice as condições que tem de “restabelecer a credibilidade do Estado”. “Uma ação pequena na população pode ser grande dentro de corporações. Esta ação na Polícia Civil carece de uma reflexão. Uma remoção em massa, o secretário de Segurança Pública [Cristiano Sampaio] e o governo tem que dar satisfação”, avaliou.
Assista o discurso de Geo e Rerisson: