O empresário Adailton Fonseca (PL) estreia na política partidária de olho na sucessão do prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSDB). Em sua participação no quadro Conversa de Política, na série que entrevista pré-candidatos do interior, Adailton avaliou que Laurez fez um bom trabalho no social, mas que deixou “o econômico para trás”. “Ficou muito para trás. Hoje Gurupi cresce menos populacionalmente do que a média do Estado. Isso na última década”, afirmou.
50% a menos que Araguaína
O pré-candidato disse que a cidade cresceu nesse período a 1,3% ao ano enquanto a média do Estado foi de 1,4%, de Palmas, 3,05%; e de Araguaína, 2,04%. “Nos anos 1990, crescíamos ao dobro de Araguaína e hoje 50% menos. E crescemos menos que Paraíso”, lamentou.
Desenvolvimento econômico
Assim, ele contou que o que o leva a querer disputar as eleições “é a necessidade de executar uma política de desenvolvimento econômico” em Gurupi. “Para trazer empregos, oportunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, pontuou.
Gurupi tem que inverter a ordem
Para Adailton, como a gestão de Gurupi é bem avaliada no social, a de Ronaldo Dimas (Podemos), em Araguaína, é no econômico. “Talvez Gurupi tenha que inverter a ordem agora com Araguaína. O lado social foi bem feito, era necessário, mas agora precisamos do econômico. Gurupi está sendo carregada pelo agronegócio, apenas. Precisamos estender esse crescimento econômico para outras atividades”, defendeu.
Politização da combate à Covid-19
O empresário criticou o que chamou de politização do combate à Covid-19, em Gurupi, onde a doença já infectou 942 pessoas e matou 9. Segundo ele, o ex-secretário da Saúde Gutierres Torquato (PSB), também pré-candidato a prefeito, chegou a distribuir, pessoalmente, álcool em gel no início da pandemia. “Era para cuidar da saúde e aproveitaram para fazer campanha em cima disso”, avaliou.
Sem turismo em secretaria
Adailton disse que não abre mão, em caso de eleito em novembro, de técnicos para a composição de sua equipe de governo. “Senão vai acontecer como agora: tentar construir politicamente alguém, colocando em várias secretarias. Isso não acontecerá num eventual governo Adailton. O cara da saúde vai estar lá por entender da saúde. O secretário da Educação da mesma forma. Ninguém vai ficar fazendo turismo em secretaria no meu governo”, alfinetou, uma vez que Gutierres Torquato ocupou várias pastas na administração de Laurez.
Partido é para eleição
O pré-candidato avisou que partido aliado só terá direito a secretarias se tiverem nomes técnicos qualificados. “Partido é para o processo eleitoral. Se os partidos tiverem pessoas competentes para apresentar para que possamos colocar, ok. Senão, paciência, vamos trabalhar com a nossa consciência e com o que nos traz à política, que é o trabalho técnico, o trabalho de resolver problemas”, afirmou.
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Assista a íntegra da entrevista de Adailton Fonseca ao quadro Conversa de Política: