Os motoristas do transporte público da Capital suspenderam a greve após um dia de paralisação. A decisão veio após audiência virtual realizada na segunda-feira, 27, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10). A preocupação com a segurança sanitária dos trabalhadores e usuários do serviço diante da pandemia da Covid-19 foi ponderada. Uma trégua de 30 dias foi acordada e as partes voltam à mesa de negociação para buscar o consenso.
Simtromet vai recorrer ao dissídio se não houver acordo
Conforme o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Operadores de Máquinas (Simtromet), as empresas se comprometeram a não descontar o salário daqueles que aderiram ao movimento paredista. Além disto, a entidade informa que, se não houver acordo durante o período de trégua, uma ação de dissídio coletivo será apresentada. O instrumento busca solução de imbróglios trabalhista por meio do sistema judiciário.
Pautas
Os trabalhadores tem duas reivindicações principais, sendo a primeira delas um reajuste salarial de 10,22%, visto que o último ocorreu há dois anos. Entretanto, a redução do tempo para o intervalo intrajornada é a principal controvérsia, conforme a própria Justiça do Trabalho. O Simtromet quer diminuir este prazo de 5 horas e 40 minutos para 2 horas, mas o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Seturb) entende que a redução do período inviabilizaria a organização das escalas.
Repasse do subsídio
Já a Prefeitura de Palmas se comprometeu a viabilizar em até 15 dias os repasses do subsídio da passagem para permitir a plena negociação entre Simtromet e Seturb, informa o TRT-10.