O Ministério Público (MPE) decidiu após reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 2, suspender temporariamente os efeitos da recomendação emitida à Secretaria da Saúde do Estado (Sesau) para se abster de requisitar o suporte de hospitais particulares de Araguaína para o combate à Covid-19 até que fosse esgotada a capacidade da rede pública. A mudança no entendimento deve-se justamente ao compromisso assumido pelo Estado de instalar novos leitos de UTI na cidade.
Mais leitos no HRA e projeto de ampliação no HDT
A Sesau garantiu na reunião por videoconferência que irá instalar oito novos leitos para Covid-19 no Hospital Regional de Araguaína (HRA) e ficará no aguardo de um projeto de ampliação do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) para fechar um acordo com a instituição. O Estado também garantiu dez leitos no Hospital Regional de Augustinópolis (HRAU). Aliado a isto, o município também prometeu 10 novos leitos de campanha.
Prazos
Segundo foi discutido na audiência, os oito novos leitos de UTI no HRA serão postos em funcionamento entre os dias 6 e 7 de julho, e os outros 10 no HRAU passarão a funcionar entre os dias 12 e 17 de julho. Já o município garantiu que os dez novos leitos do Hospital de Campanha serão ocupados conforme o crescimento da demanda.
Recomendação prejudicou contrato com Instituto Sinai
A recomendação da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína foi expedida no dia 19 de junho e questionava a intenção do Estado de contratar leitos em hospitais privados em Araguaína, citando especial a falta de contato da Sesau com o HDT. O posicionamento do MPE fez com que o Instituto Sinai desistisse de participar do edital para ofertar leitos ao governo. “Para não haver qualquer tipo de dissabor ou comentários infundados”, disse em ofício ao Executivo.