O Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe) não ficou parado após a instituição do bônus por produtividade no valor de 40% dos vencimentos apenas para o primeiro e segundo escalão do governo. Em ofício ao governador Mauro Carlesse (DEM) a entidade cobra o envio de emenda à Medida Provisória para garantir a extensão do benefício também para os efetivos. A entidade quer uma resposta do Palácio Araguaia em até cinco dias.
Para atingir meta o secretário precisa do servidor
Para defender a extensão do benefício, o Sisepe argumenta que os secretários precisam de “grande empenho dos servidores efetivos” para atingir as metas e resultados pretendidos. “Os [servidores] são essenciais na execução das atividades desempenhadas pelo órgão”, completa. O sindicato completa afirmando que a Constituição do Estado é “cristalina” no artigo 42º em reforçar a importância do servidor efetivo, visto que é este que executa as ações.
Impacto de R$ 6 milhões ao ano
Em material enviado à imprensa, o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, apontou ainda contradição na postura do governo estadual, que nega a reposição inflacionária ao funcionalismo, mas concede 40% de bônus para secretários que recebem de R$ 9,5 mil a R$ 13,5 mil. “O custo desse bônus aos amigos do rei aos cofres do governo do Estado é de quase meio milhão por mês, isso significa cerca de R$ 6 milhões ao ano, não existe racionalidade e tal atitude diante dos atos que prejudicam diretamente mais de 30 mil servidores efetivos, como a suspensão da progressão por dois anos e não pagamento integral da data-base”, argumenta.