Um total de 14 médicos contratados para atuarem na única Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Gurupi pediram demissão nesta terça-feira, 1º. Os profissionais alegam o descumprimento de acordo de aumento salarial prometido pela Prefeitura de Gurupi entre agosto e setembro, época em que os contratos foram assinados. “Atitude de má fé”, disseram os médicos em uma nota de repúdio.
Respeito é o mínimo
Conforme os médicos, após as eleições, a direção da UPA informou que o aumento não seria mais possível, por inexistência de verba para tal. A justificativa seria a diminuição de casos de Covid-19 na cidade que, para os profissionais, é uma inverdade. “Exigimos respeito, e nada além do que foi prometido e que nos é de direito”, expuseram os profissionais em nota de repúdio. Insatisfeita, a categoria propôs reunião com a gestão municipal, que não ocorreu. O município acumula 4.427 casos da doença, 41 registrados no boletim de terça-feira, 1º, e com 59 evoluindo a óbito..
Escala está sendo cumprida
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde explicou que o atendimento ficou comprometido apenas nesta terça-feira e que a situação já começou a ser regularizada nesta quarta-feira, 2, com a contratação de novos médicos. A administração garante que a escala está sendo cumprida normalmente com médicos efetivos das unidades básicas de saúde (UBSs), mas sem qualquer prejuízo ao atendimento das mesmas.
Não era acordo e sim procedimento de viabilidade da contratação
A gestão informou que nenhum acordo foi quebrado e que apenas não “prosseguiu com o processo de chamamento público”, de número 2020011763. “Que na verdade não é acordo e sim um procedimento de viabilidade da contratação, os quais não foram viáveis em razão de irregularidades procedimentais, bem como, o aumento da receita financeira que extrapola o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal de contratação”, afirmou a pasta.
Prefeita eleita se posiciona
Josi Nunes (PROS) se posicionou sobre a situação no Twitter, após afirmar ter ido à unidade para procurar alternativas para os profissionais. “Precisamos de uma solução urgente, onde possa ser garantido os direitos dos nossos médicos e a retomada imediata dos atendimento para a nossa população”, completou.
(Por Elâine Jardim)