A BRK Ambiental no Tocantins divulgou nesta quinta-feira, 20, que a Capital é um exemplo de como o planejamento faz a diferença na execução de projetos de saneamento básico. De acordo com a concessionária, em 2012, Palmas coletava apenas 33% do esgoto da população, tratando 100%. Hoje, ainda conforme a empresa, após a concessão de seus serviços à empresa, o município já coleta 86% dos esgotos e trata 100%, já alcançando a meta de universalização contratual, e buscando alcançar atendimento a 95% da população urbana, conforme Plano de Municipal de Saneamento, até o ano de 2021. Para atingir esses índices, a concessionária já investiu R$ 235 milhões e pretende aportar aproximadamente outros R$ 75 milhões até 2021, afim de modernizar e ampliar o sistema de esgotamento sanitário.
A apresentação dos números ocorre após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar nessa quarta-feira, 19, os dados coletados pela Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), que nesta edição abordou os principais aspectos da gestão do saneamento básico nas 5.570 cidades do País. Segundo o levantamento, apenas 41,5% dos municípios brasileiros dispunham de um Plano Nacional de Saneamento Básico em 2017, e 38,2% tinham uma Política Municipal de Saneamento Básico.
Conforme o estudo, o resultado da falta de planejamento se reflete na saúde: um em cada três municípios relata a ocorrência de epidemias ou endemias provocadas pela falta de saneamento básico. Segundo o IBGE, a doença mais citada pelas prefeituras foi a dengue. Em 2017, 1.501 municípios (26,9% do total) reportaram ocorrência de endemias ou epidemias de dengue. Outras doenças com grande incidência, provocadas pela falta de saneamento, foram a diarreia (23,1%) e verminoses (17,2%). Esse dado vai ao encontro de outros estudos do setor. Segundo o Instituto Trata Brasil, cada R$ 1 investido em Saneamento gera uma economia de R$ 4 com gastos na área da saúde no Brasil.
“Essa pesquisa demonstra a importância de as cidades planejarem suas ações em busca da universalização do sistema”, afirma o diretor da unidade da BRK Ambiental no Tocantins, Denis Lacerda.
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Avanços no setor
Embora a situação ainda esteja longe do ideal, o estudo do IBGE mostrou alguns avanços no setor. Em 2011, apenas 10,9% das cidades brasileiras tinham Plano Municipal de Saneamento Básico contra os 41,5% atuais. As cidades da região Sul do País foram as que mais avançaram na elaboração dos planos municipais, saindo de 13,5% em 2011 para 72,9% em 2017 – o Nordeste tem o mais baixo, com 15,7%.
Segundo a BRK Ambiental Tocantins, os estados que mais se destacaram foram Santa Catarina, onde 87,1% dos municípios tem planos de saneamento básico, e Rio Grande do Sul (75,5%). As menores ocorrências foram registradas na Paraíba (13%), Pernambuco (14,1%) e Bahia (14,6%). O estudo aponta que a situação no Tocantins foi a que mais avançou, pois apenas cinco dos 139 municípios do Estado dispunham de planos em 2011 contra 62 em 2017.
Saúde pública
O Plano Nacional de Saneamento Básico estipulou o ano de 2033 como meta para que o serviço seja universalizado em todo o País. Porém, a redução de investimentos públicos na área pode estender esse prazo para além de 2050. No início do ano, a BRK Ambiental anunciou um aporte de R$ 7 bilhões para os próximos cinco anos em suas operações, que incluem mais de 180 cidades espalhadas pelo Brasil. (Com informações da ascom da BRK Ambiental)