A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta terça-feira, 7, um total de 15 mandados de prisão preventiva, uma temporária e outros 36 de busca e apreensão em 12 municípios do Bico do Papagaio e em Imperatriz, no Maranhão. A Justiça ainda autorizou o sequestro R$ 12 milhões em bens. Batizada de Bálsamo de Gileade, o objetivo da operação é apurar um esquema de corrupção de desvios de recursos públicos destinados para aquisição de medicamentos. A Controladoria Geral da União (CGU) apoiou a ação.
Aquisição fraudulenta de medicamentos
A PF cumpriu mandados em Araguaína, Aguiarnópolis, Sítio Novo do Tocantins, Ananás, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Luzinópolis, Praia Norte, Palmeiras do Tocantins, Riachinho, São Sebastião do Tocantins e Maurilândia do Tocantins. As medidas foram expedidas pela Vara Criminal de Augustinópolis. Iniciada em 2019, a investigação revelou a existência de um possível esquema de desvios de recursos públicos através de aquisição fraudulenta de medicamentos. As compras foram realizadas a partir de fraudes em procedimentos licitatórios e emissão de notas fiscais canceladas posteriormente, cerca de 47 % delas.
Servidores compensados
A operação constatou ainda a existência de diversas transferências bancárias, por parte dos responsáveis pela empresa investigada, a servidores municipais, responsáveis pelas licitações e outros vinculados à área da Saúde, como secretários e gestores do Fundo Municipal de Saúde, englobando cerca de nove municípios investigados, na região do Bico do Papagaio. Os investigados poderão responder, nas medidas de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, fraude em licitações e participação em organização criminosa.
Batismo
O nome da Operação Bálsamo de Gileade faz alusão a uma substância natural de origem vegetal usada para fins medicinais, muito conhecido nos tempos bíblicos. Era comum o bálsamo servir como um presente ou agrado a alguém